terça-feira, 4 de junho de 2013

Até o sol nascer.

Estranho é gostar tanto do seu sorriso sem que não sinta culpa de nada do mundo, estranho é esquecer um pouco, só um pouquinho, do mundo quando não estou nos seus braços, por que envoltos neles estou protegido, como já te disse um zilhão de vezes, me protegem, mas tenho um certo temor deles ficarem protetores demais e sugarem todo o medo que sinto da bolha azul. Temos que sentir um pouco de receio do mundo pra deixar essa vida cinza, um pouco colorida, um tiquinho de adrenalina é melhor. Senão eu prefiro chorar com a certeza que esse paixão me engoliu tanto que tive que pular fora do barco, está cansativo demais remar. Esses receios parecem não estar sendo ruim. Eu não quero deixar esse barco, mas se eu não estiver com vontade de remar, não dá pra continuar. Em momento nenhum estou querendo lhe dizer que vou pular fora, pelo contrário, eu quero continuar, estou vendo o sol no horizonte, quero sentar naquela ilha logo ali, tá vendo? Não? Então verá quando cruzarmos aquela pequena linha horizontal que chamam as boas almas de horizonte do nascer do amor. Rememos juntos, façamos juntos, para que assim não tenhamos problema com a curva que iremos tomar. Iremos longe, se a onda não engolir nosso barco, se ainda ela engolir, tenho que te ensinar como desvira o barco no alto mar, não é mesmo? Quando embarcamos? Ás nove do nascer do sol no porto, te aguardo de braços estendidos?