Era como se todos os momentos que a rodeavam
tivessem cessado, não era necessário lhe fazer medrosa, lhe fazer com remorsos
da vida, sofrerá muitas vezes com falsos amores, que ela tão frágil, tão doce,
tão solene, acreditava ser verdadeiro, ser um amor de conto de fadas na maior
realidade possível. Ela perderá a sua doce meiguice em frações de dias e foi se
tornando densa, fria, sem nem mesmo amor próprio e voltou ao seu recanto
natural das coisas, ao seu recanto natural de dor e se martirizava de tal forma
que a sua dor lhe tornou um ser a parte e de tal forma que a comandava e a cada
dia mais iria se afastando do que antes lhe tirava sorrisos e gargalhadas e se
aproximando do que somente lhe dava desamor e se isolava se retorcia, se
viciava na própria dor e já me lembrará do por que falsos corações lhe
mostraram dores, não acreditava no ser humano.
E desacreditava se apegava a coisas aéreas e
que não lhe chamava tanta atenção, mais se apegava a casos furtivos, a prazeres
podres, densos e lhe afastará de pessoas benévolas, de corações calmos, para
atirar-se de cabeça em um abismo que não tinha fim, jogou-se, mas um olhar de
pena a seguia que se agarrou de forma brusca num pensamento próprio, o
pensamento de salvação, de redenção. Uma ultima chance a felicidade, a ternura
e se conseguisse acreditar lhe daria tudo de mais puro que continha dentro do
peito, teria medo, claramente visível, teria vergonha, seria novamente doce,
meiga, gentil, como há tempos não era, voltou a escutar boas e solenes músicas,
bons e novos livros para se deliciar, doces e calmas conversas passou a fazer,
voltava a escrever sobre a dor, esquecerá a todos os injurio que fora
submetidas desde o principio, desde o começo da vida.
Queria ser feliz, pelo menos um pouco, sem
rancor, sem dor, sem medo, sem traumas, queria de alguma forma confiar de olhos
fechados, de coração aberto, sem contar com pensamentos triviais de
desconfianças, ciúmes a ponto de afastar amigos do seu circulo de vida, não
queria se sentir só, queria somente adoçar o café da vida e sentir doce e não
amargo como outrora, queria ser feliz e pura, pura no corpo e na alma, na mente
e no coração, puro como os arcanjos do céu tocadores de arpa.
E conseguirá, encontrará amor, felicidade e
tudo isso junto a um homem que somente sorrisos lhe retirava.
Sentia-se pura como as nuvens e os pássaros do
céu azul.