sexta-feira, 22 de março de 2013

Doce e quente, Verônica.


Era como se todos os momentos que a rodeavam tivessem cessado, não era necessário lhe fazer medrosa, lhe fazer com remorsos da vida, sofrerá muitas vezes com falsos amores, que ela tão frágil, tão doce, tão solene, acreditava ser verdadeiro, ser um amor de conto de fadas na maior realidade possível. Ela perderá a sua doce meiguice em frações de dias e foi se tornando densa, fria, sem nem mesmo amor próprio e voltou ao seu recanto natural das coisas, ao seu recanto natural de dor e se martirizava de tal forma que a sua dor lhe tornou um ser a parte e de tal forma que a comandava e a cada dia mais iria se afastando do que antes lhe tirava sorrisos e gargalhadas e se aproximando do que somente lhe dava desamor e se isolava se retorcia, se viciava na própria dor e já me lembrará do por que falsos corações lhe mostraram dores, não acreditava no ser humano.

E desacreditava se apegava a coisas aéreas e que não lhe chamava tanta atenção, mais se apegava a casos furtivos, a prazeres podres, densos e lhe afastará de pessoas benévolas, de corações calmos, para atirar-se de cabeça em um abismo que não tinha fim, jogou-se, mas um olhar de pena a seguia que se agarrou de forma brusca num pensamento próprio, o pensamento de salvação, de redenção. Uma ultima chance a felicidade, a ternura e se conseguisse acreditar lhe daria tudo de mais puro que continha dentro do peito, teria medo, claramente visível, teria vergonha, seria novamente doce, meiga, gentil, como há tempos não era, voltou a escutar boas e solenes músicas, bons e novos livros para se deliciar, doces e calmas conversas passou a fazer, voltava a escrever sobre a dor, esquecerá a todos os injurio que fora submetidas desde o principio, desde o começo da vida.

Queria ser feliz, pelo menos um pouco, sem rancor, sem dor, sem medo, sem traumas, queria de alguma forma confiar de olhos fechados, de coração aberto, sem contar com pensamentos triviais de desconfianças, ciúmes a ponto de afastar amigos do seu circulo de vida, não queria se sentir só, queria somente adoçar o café da vida e sentir doce e não amargo como outrora, queria ser feliz e pura, pura no corpo e na alma, na mente e no coração, puro como os arcanjos do céu tocadores de arpa.

E conseguirá, encontrará amor, felicidade e tudo isso junto a um homem que somente sorrisos lhe retirava.

Sentia-se pura como as nuvens e os pássaros do céu azul.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Um tanto seguro.

Envoltos em tão belos e aconchegantes braços, o mundo parece não ter tantas fobias, não parece amendontrar tanto. Proteger-me por debaixo das suas asas é como estar de mãos dadas com os arcanjos divinos mensageiros do céu, ouvindo o ressoar das arpas que parecem ser afinadas por Deus, é parecido com a sensação de estar num jardim belo e macio e dormir horas e horas e acordar na mais calma e solene vida. A sua proteção é como uma invocação aos sentimentos naturais infantis, como um brincar tarde a dentro com crianças, é estar em paz e completo, mas mesmos todas as metáforas e comparações não serviriam de nada, pois estar com você, por debaixo de tuas asas, com a cabeça sobre seu peito é um sentimento de coração duplo e ao mesmo tempo único, é ser e estar você.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Iracema, deusa vermelha.



Ô Iracema, pequena.
Ô Iracema, morena.

Iracema, da cor morena.
Morena cor avermelhada.

Iracema, miúda.
Iracema, da beleza escura.
Ô Iracema, pequena.

Pintada com o urucum.
Vai na mata.
Agradecer pela aldeia.

Ô Iracema, morena.
Iracema na cachoeira.
No alto da pedreira.

Beleza a expandir.
Iracema das águas doces.
Cândidas águas.

Ô Iracema, morena.
Ô Iracema, pequena.

Listras no rosto de Iracema.
Força e coragem.
Ao subir a cachoeira.
Se faz refletir no véu da moça.

Iracema, beleza extrema.
Iracema, deusa da mata.

Iracema, cocar de pena.
Iracema, linda morena.

Ô Iracema, índia guerreira.