domingo, 5 de fevereiro de 2012

O Brasil de Elis.

Eu fico impressionadamente encantado em abrir a caixinha de recordações - velha, maltratada, aos farrapos - da minha mãe e ver fotos - textos, letras de músicas, cartas, derivadas coisas de adolescente - sobre Elis, a fascinante Elis. É engraçado como as coisas aconteceram com a minha mãe a - pelo menos - 20 anos atrás, continuam como a mesma relevância sobre mim. Elis, esse furacão mulher guerreira - poderia empregar derivados apelidos, que nenhum lhe caberia perfeitamente - que viveu intenso e carinhosamente, aquela Pimentinha travessa que brincava de cantar e encantar. Na minha - humilde- percepção a melhor e maior artista que esse nosso velho Brasil já teve, ouvir a poesia que saía de suas cordas, amadas cordas vocais. 

O seu jeitinho único de amante de cada um de seus poemas falados. O seu contato direto com o palco, com a sua fiel plateia, com a sua vida. Vivendo de jeito intenso - e fora dos padrões, estipulados certo na sociedade - conseguiu ser feliz e fazer a história, a sua história. Recordar da voz dela em Atrás da Porta é fazer meu coração - jovem, sonhador, astuto e sombrio, retrô - pulsar de forma irreverente. É chorar e sorrir - em um momento de bipolaridade estupenda. É sofrer de felicidade. E lembrar de canções que me impulsionaram a lutar pelo meu velho Brasil, canção-tema da minha vida: Como nossos pais. Tem melhores que mostram o quanto somos verdadeiro e a luta era incansável.  E sempre será. 

Eu quis fazer uma homenagem a minha eterna amiga - porém não tive a oportunidade de sorrir pessoalmente - Elis e ao meu melhor amigo, meu pai e meu amor eterno, meu Brasil. Amigos são o que te fazem bem e felizes, e são o que esses dois me fazem. Agradecimentos. 


Matheus A.
06/02/2012 

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